ENVELHECIMENTO ATIVO, Idadismo, LONGEVIDADE,

Sessentando em 2024

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 15 e 16 de junho de 2024

#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

Sessentei no Rio de Janeiro, dias lindos, praia, sol, circuito gastronômico e baladinhas às 19 h como eu gosto. Hoje com 66, mais perto dos 70 do que dos 60, uma inquietude no ar, muitas reflexões e integrações.

Desde o final de abril estamos experimentando uma situação de impotência, meio paralisados e ativos ao mesmo tempo. O pior sentimento foi ter consciência que por mais roupas que separássemos para doação, por mais alimentos não perecíveis que entregássemos nos pontos de arrecadação, e por mais pix que fizéssemos, nada era suficiente. Foi muito triste, mas agora o sentimento é de reconstrução, cada dia um pouco mais.

Voltando ao nosso envelhecimento que é diário e por isso requer escolhas diárias. Temos conhecimento que as pessoas envelhecem de forma diferente. Depende de muitos fatores e, principalmente, econômicos. Quando temos 20, 30, 40 anos, não pensamos que a velhice vai acontecer para todos. Até podemos dizer que o preconceito como o etarismo, que é o preconceito a respeito da idade, pode ser praticado não só contra os maduros como também com os jovens.

Como assim? É que estamos acostumados a usar a palavra quando nossa velhice é atingida. Só para lembrar quando o Fábio Porchat gravou um vídeo para o Porta dos Fundos zoando a própria mãe, mãe não faz isso ou aquilo, deu origem a #atualizaporchat e recentemente um vídeo causou desconforto nas redes, onde a Cintia Chagas critica o uso da minissaia depois dos 50 anos. Refere-se aos joelhos de “sharpei” que deveriam ser escondidos.

Isso nos causa indignação e combatemos ferozmente porque é inevitável envelhecer e tudo envelhece externamente. Só nos resta mantermos a alegria para envelhecermos com ela e termos prazer, ainda que diferentes dos experimentados na adolescência, mas é possível. Gosto muito de uma frase: Sentimentos não perdem colágeno e isso eu posso assegurar.

Voltando ao significado etarismo relacionado ao “velho” e “velha”, também conhecido como ageísmo idadismo, é o comportamento que vão desde considerar o idoso “desnecessário” ou “improdutivo” e até mesmo a infantilização do sujeito, que foi caso de Porchat. Só que esse conceito engloba toda e qualquer atitude que denote discriminação ligada a idade e é aí que o mesmo preconceito, que tanto alardeamos, contra os maduros, idosos, velhos, terceira idade, melhor idade… pode ser usado contra os jovens.

Isso acontece muito na área profissional, “o(a) fulano(a) é muito jovem para assumir tal cargo”, etc. Até truques para envelhecer uma pessoa são usados na consultoria de estilo e imagem.

Continuo sessentando em 2024 e espero setentar e “oitentar” também.

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Autor

Personal Stylist, Blogueira, Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa

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