Categoria: ENVELHECIMENTO ATIVO

  • A revolução digital na velhice X oportunidades

    A revolução digital na velhice X oportunidades

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 29 e 30 de junho de 2024

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    O mercado está atento ao fato que os velhos(as) ultrapassarão o número de crianças e jovens em 2030. Nessa perspectiva que a figura da pessoa 50, 60, 70, 80, 90… ou mais, ganha valor inestimável. A profissão que está despontando, com sucesso e ótima demanda é a de influenciador digital. É uma profissão totalmente nova, moderna e em perfeita conexão com o zeitgeist* do momento.


    Eu comecei no digital após me aposentar em 2010. De lá pra cá escrever, falar, estudar moda e colocar o lado coolhunter** a serviço da vida que levo, tem sido um grande prazer. Quando tudo parece velho, enferrujado, mais devagar, lento, eis que surge essa novidade: influenciadora digital 60+. Não exige um físico perfeito, uma performance perfeita, e sim, apenas uma capacidade de observação e atenção ao entorno. Aí está a inspiração para cada frase, para as atitudes que podem fazer bem aos outros e a nós mesmos.
    Se você é do time que tem vergonha, não gosta de aparecer em foto, não gosta de falar, ainda pode fazer muito atuando nas redes sociais de maneira a ajudar o “algoritmo” a promover os perfis que prestam um bom serviço para melhorar a vida das pessoas que foram tão abaladas durante a pandemia e agora com as enchentes que destruíram nosso Rio Grande do Sul.
    Então, não importa como você pode participar, se conectar a essa modernidade que a internet proporciona, mas participe! Você pode ajudar muito. Essa nova profissão não é uma brincadeira, ela vai além das fronteiras e opera milagres na vida das pessoas.
    Agora, se você sente vontade de se tornar uma influenciadora 60+, eu posso te ajudar. É bom lembrar que todos influenciamos, umas mais e outras menos, mas me refiro a atuar profissionalmente. Você pode fazer um blog, ele é teu, paga hospedagem. Pode ser seu diário eletrônico. O conteúdo você escolhe. E aos poucos adquire credibilidade e pode conseguir parceiros, patrocinadores. Rede social não é minha e nem sua, estamos sujeitos as regras da plataforma e entender como funciona o “algoritmo” de cada uma delas.
    Hoje é surreal o valor da informação. Se você quer ser uma influenciadora 60+ o mais importante é escolher a plataforma que vai atuar profissionalmente. Eu sugiro o Instagram que é a rede social do momento.

    O que fazer:
    • Fazer um perfil se você ainda não tem.


    • Não tenha medo de aparecer, encare como um trabalho.


    • Networking* é preciso: para quem mora no interior e fora do eixo Rio-São Paulo é bem mais difícil, mas não é impossível. Construa seu networking, escolha perfis, empresas que gostaria de se conectar e comece a produzir conteúdo.

    • Invista em conteúdo, pesquise sempre novidades ou conte histórias. Storytelling conecta na hora.


    • Rede Social muda a toda hora, então siga perfis que esclareçam em tempo quase real sobre as mudanças.


    • Seja fiel aos seus valores. Pode se inspirar, nunca copiar. Repostar também pode, mas nunca esquecendo de dar os créditos.

  • Sessentando em 2024

    Sessentando em 2024

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 15 e 16 de junho de 2024

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    Sessentei no Rio de Janeiro, dias lindos, praia, sol, circuito gastronômico e baladinhas às 19 h como eu gosto. Hoje com 66, mais perto dos 70 do que dos 60, uma inquietude no ar, muitas reflexões e integrações.

    Desde o final de abril estamos experimentando uma situação de impotência, meio paralisados e ativos ao mesmo tempo. O pior sentimento foi ter consciência que por mais roupas que separássemos para doação, por mais alimentos não perecíveis que entregássemos nos pontos de arrecadação, e por mais pix que fizéssemos, nada era suficiente. Foi muito triste, mas agora o sentimento é de reconstrução, cada dia um pouco mais.

    Voltando ao nosso envelhecimento que é diário e por isso requer escolhas diárias. Temos conhecimento que as pessoas envelhecem de forma diferente. Depende de muitos fatores e, principalmente, econômicos. Quando temos 20, 30, 40 anos, não pensamos que a velhice vai acontecer para todos. Até podemos dizer que o preconceito como o etarismo, que é o preconceito a respeito da idade, pode ser praticado não só contra os maduros como também com os jovens.

    Como assim? É que estamos acostumados a usar a palavra quando nossa velhice é atingida. Só para lembrar quando o Fábio Porchat gravou um vídeo para o Porta dos Fundos zoando a própria mãe, mãe não faz isso ou aquilo, deu origem a #atualizaporchat e recentemente um vídeo causou desconforto nas redes, onde a Cintia Chagas critica o uso da minissaia depois dos 50 anos. Refere-se aos joelhos de “sharpei” que deveriam ser escondidos.

    Isso nos causa indignação e combatemos ferozmente porque é inevitável envelhecer e tudo envelhece externamente. Só nos resta mantermos a alegria para envelhecermos com ela e termos prazer, ainda que diferentes dos experimentados na adolescência, mas é possível. Gosto muito de uma frase: Sentimentos não perdem colágeno e isso eu posso assegurar.

    Voltando ao significado etarismo relacionado ao “velho” e “velha”, também conhecido como ageísmo idadismo, é o comportamento que vão desde considerar o idoso “desnecessário” ou “improdutivo” e até mesmo a infantilização do sujeito, que foi caso de Porchat. Só que esse conceito engloba toda e qualquer atitude que denote discriminação ligada a idade e é aí que o mesmo preconceito, que tanto alardeamos, contra os maduros, idosos, velhos, terceira idade, melhor idade… pode ser usado contra os jovens.

    Isso acontece muito na área profissional, “o(a) fulano(a) é muito jovem para assumir tal cargo”, etc. Até truques para envelhecer uma pessoa são usados na consultoria de estilo e imagem.

    Continuo sessentando em 2024 e espero setentar e “oitentar” também.

  • EMPREENDER NA MATURIDADE

    EMPREENDER NA MATURIDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 03 e 04 de dezembro de 2022

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    Uma matéria publicada em outubro/2022 no Jornal Estadão, revela surpreendentemente o que já sabíamos, ou pelo menos, sentíamos ser verdade. Aliás, é bom falar, escrever, nossa longevidade, maturidade, como queiram, não traz só perrengues. Na bagagem longeva está o segredo do sucesso. Acredite, isso não é “historinha”, é revelado mediante pesquisa. Voltando a matéria do Estadão: empreendedores 50+ tem chance de maior sucesso nos negócios. Isso é resultado de pesquisa. Experiência para lidar com adversidades e responsabilidades são algumas características positivas desse grupo de profissionais.

    O levantamento conectou dados macro e econômicos, indicadores do mercado empresarial e do perfil dos profissionais maduros. Eis a conclusão do levantamento de dados: “Empreendedores 50+, o futuro do Brasil”. A pesquisa também mostra que é acima dos 50 anos que muitos profissionais decidem realizar o sonho de empreender. É o caso de Bete, cofundadora do Hype 50+, que depois de 30 anos e uma carreira consolidada, decidiu montar ao lado de uma amiga, a MV Marketing, ficada em Economia Prateada. “Empreender na maturidade é uma oportunidade quase única”, diz Bete.

    Qualidade de vida e motivação foram os pontos de partida para Bete montar um negócio. Mas antes de investir na nova empreitada, ela precisou planejar. “Essa é a essência de você ser bem-sucedido”, destaca ela. Outra voz que surge brilhantemente em defesa do que acreditamos ser verdade, e é, é do Seu Neyzinho (@seuneyzinho). No programa MasterChef, ele falou: “Eu me lanço buscando autoconhecimento. Eu tenho 61 anos de vida e a vida não desacelera ao 60, e sim acelera. Abre oportunidades. A sociedade deve saber que o etarismo vem diminuindo a expectativa de vida da pessoa idosa. Fiz tantas coisas na minha vida e todas as grandes coisas que conquistei foram assim. É assim que consegui trazer o conforto a minha existência”. Ele encerra com uma frase do Dr. Kalache:

    “Envelhecer é o nosso melhor destino”.

    Como fechar os olhos a essa doce e inspiradora realidade? Alguém duvida que envelhecer é nosso melhor destino? Acho que não, porque o outro destino seria a morte. Outra cosia que me instiga muito é o falar e influenciar, ou melhor, alertar que há muita vida para ser vivida ainda. Não é parágrafo de desespero não! É um raciocínio lógico. Se eu pensasse que aos 50 anos e aposentada a vida já ia para sua finitude não teria realizado tantos sonhos. Não teria viajado, virado blogueira, com blog aonde pago até hospedagem. Não teria sido editora de moda da Revista Diário Serrano e outras revistas. Não estaria agora escrevendo essa coluna com conteúdos “da hora”, atuais, modernos, assuntos diários nas edes sociais. E mais, não teria meu @ de sucesso, agenda lotada, parcerias incríveis, autoestima em dia, intergeracionalidade presente na minha vida. Tenho certeza, a vida acelera aos 65 anos também.

  • VIDA LONGEVA

    VIDA LONGEVA

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 04-05/01/2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita#envelhecimentoativo

    Esse sentimento de leveza e paz é resultado do plantio, das sementes que escolhi para semear a minha lavoura e essa escolha é absolutamente pessoal e depende de cada um de nós. Como viver a nossa longevidade, os anos que ganhamos a mais.  Dias atrás eu estava na praia e embaixo do meu chapéu de palha, do meu óculos espelhado, um olhar curioso e observador, corpos de todas as idades, uns mais jovens, torneados, sarados, 99% com celulite, outros já abatidos pela lei da gravidade, bem românticos, muitos babadinhos e com impressionante vitalidade, sorrisos, passos lentos e rápidos se misturavam e eram logo apagados pela força das ondas. 

    Crianças brincando, correndo, gritando e até pensei: por que as crianças gritam tanto? A alegria infantil é sem “noias”, é genuína. Correm, brincam, gritam, vivem o momento, curtem o belo cenário praiano. Poucas pessoas no mundo não gostam de praia e algumas até nem conhecem. Realmente nem todos podem ter essa curtição, uns porque não podem custear um veraneio, outros porque não Férias acabou, mas o que me aguarda são mais férias porque amo tudo que faço e o que não é fantástico, o que não me faz feliz sai da agenda. Então a “vibe” férias continua. O mar. Voltando aos corpos velhos, lindo de ver, cada um na sua, caminhando, comendo milho, tomando uma caipirinha, ou uma água de coco. No rosto uma paz latente, uma tranquilidade. Devagar porque já tiveram pressa. De repente observo uma mulher, plena em sua maturidade, caminhava segurando, apertando o lado direito do quadril, acho que tinha dor, mas queria caminhar, se movimentar. Na prática, tive a certeza, era dor sim! Experimentei apertar meu quadril do lado direito aonde apareceu um desconforto e a dor passou. Cada uma caminha, se movimenta como pode, do seu jeito. Se a dor é no coração, acredito que sentar a beira-mar e olhar o horizonte, os sentimentos de sofrimento, de qualquer natureza, fica leve, se transforma em vida. Envelhecer é fato! É ótimo replicar e replicar: sentimentos não perdem colágeno. Eles brotam com vigor instantaneamente, então é bom focar em amorosidade, alegria e bem viver. Levei vários livros na bagagem de férias, mas me detive em um único. “A Bela Velhice”, de Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio De Janeiro, antropóloga, autora de 30 livros. É uma voz em defesa da velhice, da Bela Velhice.

    “Não importa o que a vida fez com você, mas sim o que você faz com que a vida fez com você.”

    “A coroa poderosa descobriu que a felicidade não está no corpo perfeito, na família perfeita, no trabalho perfeito, na vida perfeita, mas na possibilidade de “ser ela mesma”, exercendo seus desejos, explorando caminhos individuais e tendo a coragem de ser diferente. Ela sabe que não deve jamais se comparar a outras mulheres, porque cada uma é única e especial.”

    Mirian Goldenberg

  • EU ENVELHECI, E AGORA?

    EU ENVELHECI, E AGORA?

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 29 e 30 de outubro de 2022

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita#envelhecimentoativo

    Estamos ficando mais velhos a cada dia ou vamos pensar diferente, cada dia é o mais jovem do resto de nossas vidas.     
    Vou reproduzir um pedacinho de um monólogo da atriz Renata Sorrah que assisti no perfil da Clau do @cool50s. 
    
    
    “Ser jovem não é mais uma fase da vida, mas um estado definitivo de espírito. Quem envelhece é um fora-da-lei. E ser mulher, como diz meu advogado, é um agravante. Cada ruga aumenta a pena. Nos expulsam do mundo por conta da pele flácida.”
    
    Uma pérola de monólogo!
    Na nossa cultura que, quanto a esse assunto específico é burra, pois quanto mais os anos passam, mais riqueza, conhecimento, sabedoria se adquiri. E o velho é colocado de lado, desabilitado ate mesmo pela própria família. 
    Vou falar pela minha experiência de velha, quando falo assim sempre encontro pessoas que me dizem, “não, você não é velha”, e eu me apresso a dizer que sim, sou. Hoje em dia a palavra velha tem outro significado. Eu lembro que “velha” já não tinha mais voz, ou melhor, talvez nunca tenha tido, então ficava tudo bem restrito.
    Às avós era destinado um cenário específico: cadeira de balanço, agulhas de tricô, muitas linhas, coque com cabelos brancos puxadinhos pra trás, óculos na ponta do nariz e devagarinho, muitas vezes por amor, os familiares iam incapacitando-a. Vó você não pode fazer isso ou aquilo. Assim o velho ia ficando cada vez mais velho. E a “caduquice” chegava e se instalava e logo era o Alzheimer e depois a morte. 
    A mulher madura contemporânea, seja avó ou não, tem outra imagem, atitude, voz, determinação. Cuidam da aparência, pintando ou não os cabelos, o autocuidado é presente no seu dia a dia. Autoestima elevada, fazem tudo que as deixam felizes, animadas, senhoras de si.
    Hoje os velhos e as velhas são incríveis, é uma geração em alta rotação. São uma potência! Dores sim, dói aqui e ali, eu mesma cuido muito da minha mobilidade porque sei que quando eu “emperrar” vou ficar triste. Gosto de movimento. 
    Não é nenhuma novidade pra ninguém que minha fonte de inspiração é a rede social Instragram, aprendo muito ali. E num post do Nelson Motta, jornalista, escritor e compositor encontrei um textão: 
    
    “Hoje acordei pensando na delicadeza. De gestos, de sentimentos, de atitudes, como um dos valores que mais amo e admiro, que torna a vida menos insuportável, enriquece a convivência e embeleza o amor… As mesmas verdades, ditas com delicadeza ou com grosseria, produzem resultados opostos, aprendi ao longo da vida e de muito sofrimento. O tom é tudo. O volume. O estilo. A hora. A fúria. As caras feias…”
    
    Trouxe parte do textão do Nelson porque penso assim. Com a delicadeza, o jeito mais amável podemos dizer muito, tudo, sem deixar arranhões que inflamam e demorar para curar. 
    Eu não gosto de ficar “irada”, também fico, sou humana, mas não gosto. Prefiro o tom mais calmo, sereno. Daí todos ganham!
    
  • GENTE FELIZ

    GENTE FELIZ

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 01 e 02 de abril de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Vou começar pela felicidade, é bem fácil, só que estar alerta faz sentido.

    “Gente feliz não torra, não pega no pé dos outros, gente feliz, aliás, não se preocupa com a vida dos outros. Gente feliz não é indiferente ao mundo, mas não fica seguindo o mundo para corrigí-lo com missão pedagógica de correção. Gente feliz é feliz e gente infeliz olha para os lados porque olhar pra frente é olhar pro seu próprio espelho. Isso dói, isso incomoda, e alguns chamam isso de virtude da superioridade, quando apenas esconde covardia, recalque ou inveja”.

    O texto acima é de Leandro Karnal e transcrevi na coluna porque é simples de entender e coloca luz na questão tão cruel que a desocupação das pessoas infelizes, com tempo para olhar para a vida das pessoas felizes. “Correção pedagógica” é com eles mesmo, os infelizes. Como é essa história, pessoas felizes, pessoas infelizes? É questão de idade, dinheiro, escolhas, destino? Fiquei bem curiosa e vou fazer uma reflexão e você é convidado a refletir também e se por um acréscimo de bondade participativa, enviar por e-mail ou mensagem no Instagram a sua opinião, eu agradeço.

    Então, gente feliz, na minha opinião, é uma escolha. Independente da conta bancária, de raça, do tipo físico. Acredito que é uma conquista da maturidade, não que jovens não possam ser imensamente felizes, é que na juventude a insegurança, o “estar numa encruzilhada” é comum. Essa insegurança sem relação a aparência física, a dúvida quanto a escolha profissional, o sucesso e o emprego, roubam a serenidade e a tranquilidade dos jovens, mas acredito que nessa fase eles não têm muito tempo para olhar para a grama do vizinho, pois estão preocupados em plantar o seu próprio jardim.

    Agora, na maturidade, escolher ser infeliz é uma burrice sem tamanho. Na maturidade já passamos por tantas dores, frustrações, já choramos, já nos preocupamos tanto com o futuro, com o amanhã, que sabiamente escolhemos a gratidão por tudo, pela vida, pelo aprendizado, através de nossas escolhas. Tenho absoluta certeza que ser feliz é uma escolha que fizemos na maturidade.

    Escrevo baseada na minha experiência de vida, não é o resultado de uma pesquisa, mas é a vida real. Na juventude eu pesava 13k menos, tinha uma farta cabeleira, sem sinal de rugas e nem celulite e era insegura, achava que tinha o nariz mais feio do mundo. Ah! Ninguém podia se feliz com quele nariz! Hoje, madura o bastante para ser feliz, sem “noias”. O tal nariz que me impedia de ser feliz é o mesmo, sem retoques e protagoniza minhas fotos, por isso no meu Instagram posto muitas fotos de perfil. “Gente feliz não torra!” Essa frase é incrivelmente verdadeira. Eu acrescento: Gente feliz vive, e vive feliz! 

  • SEM MEDO DE ENVELHECER

    SEM MEDO DE ENVELHECER

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 7, 8 e 9 de abril de 20232

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    O vídeo da jornalista e escritora espanhola Maruja Torres está encantando os seguidores do Instagram:

    “Nós velhas, não temos porque não sermos namoradoras. SER VELHA NÃO É UM INSULTO, É UMA CONQUISTA.”

    Maruja Torres, periodista: “Gracias al periodismo lo he pasado muy bien y  he salvado la vida” - Noticia
    Imagem capturada da Internet


    Você tem que ser mais corajoso para ser velho do que para ir para a guerra, porque quem vai para a guerra acredita que vai sobreviver e o velho já sabe que sua decrepitude avança. Essa é a verdadeira guerra. Remover dos velhos o medo da velhice, tirar o encurvamento prematuro, remover o ai, ai, ai, sou uma vovó. Não és a mesma mulher que sempre foi, o mesmo homem que sempre foi, porém, o chão se move sob seus pés, mas se movia aos 14 anos também.

    Agora você sabe que tem poucos anos sobrando, mas isso é até um incentivo para aproveitar ainda mais. Você tem a criança que sempre esteve dentro de você e ÉS TÃO JOVEM NA TUA VELHICE COMO JOVEM VOCÊ FOI EM SUA ADOLESCÊNCIA, porque tudo tem uma primeira vez e agora isso está me acontecendo pela primeira vez, porque cada dia é novo. Os velhos de agora, são os anfitriões”.


    Trouxe aqui para a coluna essa fala belíssima, profunda e verdadeira. Linda demais. Somos os anfitriões dessa fase da vida. Somos novos velhos e dentro de nós, existe a fagulha da alegria, do viver bem, do realizar projetos, sonhar e amar.


    Estamos pela primeira vez na fase “velhice”. É preciso coragem para viver essa longevidade, reunir todos os ai, ai, ai numa caixinha e deixá-los com menos importância.
    A essência genuína do velho de hoje é a tomada de consciência de sua potência, de que é um patrimônio nas famílias, na roda de amigos. Cada um com sua riqueza, sabedoria.
    Não somos a mesma mulher de nossos 14 anos, mas já falei, escrevi várias vezes, sentimentos não perdem colágeno. Estão sempre pulsando dentro de nós. Ficar ligada em boas energias, cultivar bons sentimentos em relação a tudo faz bem. E isso é um exercício individual de dedicação e escolha. Escolher viver bem.
    Somos velhos (as) sim e isso é inevitável. E cada dia mais velho (a). Agora se invertêssemos nosso pensamento: Hoje é o dia mais jovem do resto de minha vida. Escrevendo isso já sorri, meio de ladinho, com graça e tranquilidade de quem envelhece todos os dias e em paz.
    Todo o dia nasce um novo amanhecer, tem dores, amores, alegrias, lágrimas e esse conjunto de coisas é vida.


    Claro que não podemos ser “Polianas”, acreditando que a vida é assim mesmo e ser infeliz faz parte. Não e não! Ser feliz faz parte. É uma escolha? Acredito que sim, só que tem que ser sábio.

    “É preciso saber viver. Toda a pedra do caminho você deve retirar”.

    Coragem, um dia de cada vez. Só não esqueça de tatuar a felicidade em você.

  • CURTA SUA LONGEVIDADE

    CURTA SUA LONGEVIDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 21, 22 e 23 de abril de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Pode acreditar, é uma escolha sábia. Envelhecemos todo dia um pouquinho. Como não tem como evitar, a palavra da hora é sabedoria. Quantas conquistas? Incontáveis, para ser sincera. Então para que tanto sofrimento, angustia, por uma situação tão óbvia? Alegrar-se é uma bela coisa. A grande riqueza não é vista a olho nu, ela é sentida, e uma frase da escritora Martha Medeiros e traduz muito bem ao que me refiro.

    “Na maturidade, não tem ninguém esperando no portão pra nos levar pra casa, mas tem uma caminhada excitante rumo a um prazer que só quem se arrisca, conhece. O prazer da independência. O prazer de ter a sua assinatura avalizando cada uma de suas conquistas”.

    Tem uma coisa que o Dr Alexandre Kalache, médico gerontólogo, diretor da OMS sempre fala, comece sua longevidade hoje, não importa se você tem 30 ou 40 anos, eu concordo plenamente. Se há jovens que não pensam que vão envelhecer e não tratam a questão com o devido respeito e seriedade, vão ter sérios problemas quando a maturidade chegar.

    Sabemos que a velhice não é igual para todos e é muito triste ver que o que acontece no Brasil quanto mais velhos ficamos mais temos que pagar pelo plano de saúde. Hoje assisti na TV que se você tem 59+ a alíquota do Ipê Saúde vai ser mais do que as outras faixas etárias. Voltando aos jovens, trabalhar, estudar e planejar sua velhice é uma questão de necessidade. O “financeiro” se apresenta sem cerimônia. A maioria dos aposentados não tem condições de pagar por uma velhice cheia de prazer e encantamento, cuidadores, casas adaptadas, viagens, academia com fisioterapeuta ou personal trainer, nutricionista, fonoaudióloga quando necessário. Todo esse cuidado, esse atendimento para uma longevidade tranquila e prazerosa custa caro, muito caro para a maioria dos velhos.

    O que podemos fazer para melhorar a vida longeva e não custa caro: diminuir as expectativas; não ter medo de fazer coisas novas e sim fazer coisas que não comprometam nossa saúde, que melhorem nossa mobilidade. Tipo: “ando devagar porque já tive pressa”. Nada de rebeldia na longevidade, fazer só o que quiser, se sentir confortável, sem correr riscos desnecessários. Escolher um médico de confiança para acompanhar todos os perrengues. Cultivar as amizades, procurando sempre participar de uma roda de conversa. Ouvir histórias das amigas faz bem. É uma troca rica de ideias, sugestões.

    Rede social: Eu amo. Sou suspeita para falar. Trabalho usando o Instagram e é uma escolha que considero sólida. Exige mais do meu cérebro do que do meu físico. Isso é bom porque se nossa cabeça estiver funcionando com o que está acontecendo no mundo, a nossa velhice é um presente, pois estamos prontos para conviver com todas as idades. Pense nisso, afinal quantos anos nossa longevidade terá?

  • CRUELDADE

    CRUELDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 18 e 19 de março de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Impossível ficar quieta diante de um vídeo que viralizou, onde alunas de uma universidade de Bauru–SP comentam, zoam, de uma colega que fez sua matrícula aos 40 anos. “De que vale uma pele lisinha sem a nossa bagagem espetacular?” – cool50s

    Eu, particularmente, sou encantada, satisfeita, feliz com a mulher que me tornei. Madura, longeva, não importa a denominação e sim o resultado, o sentimento que carrega a alma e encanta a vida, o dia a dia. Ah! Não gosto dos termos: melhor idade, sênior, terceira idade. Esses termos têm que ser atualizados, têm que nos representar mais, pois não podemos esquecer que em 2030 o número de maduros vai ultrapassar o número de jovens.

    “O jovem de hoje é o velho de amanhã”.

    Voltando ao tal vídeo que viralizou, que bom que existe rede social, pois todo mundo tem acesso e a maldade, o preconceito, não vai mais para baixo do tapete e sim para o mundo. Não existe mais atirar uma pedra e se esconder, sempre vai existir uma câmera flagrando, um celular gravando e o conteúdo enviado com velocidade absurda, para todos que quiserem assistir. E viraliza porque aparece na nossa timeline e chama atenção pela crueldade das palavras ou inocência maldosa. Chego a pensar em inocência maldosa porque é ser sem noção da gravidade das palavras e do mal que elas podem causar numa pessoa.  

    Reproduzindo o conteúdo do vídeo: as 3 universitárias diante do conhecimento de ter uma colega com 40 anos debocham da mesma. Elas dizem que a colega deveria estar aposentada e que não sabe o que é Google. Que Google é a professora.

    “Gente, quiz do dia: como desmatricular uma colega de sala?”.

    “Ela tem 40 anos, deveria estar aposentada”.

    “Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”,

    comenta uma das universitárias. O trio cursa biomedicina na Unisagrado, instituição particular em Bauru. A sobrinha da vítima, a psicóloga Beatriz Linares, 23 anos, escreveu: “ela sempre teve o sonho de estudar e nunca teve a oportunidade. Hoje ela conseguiu entrar em um curso que ela sempre quis e estava muito feliz e animada para começar as aulas, e aí surgem três meninas (…) que só vivem na própria bolha, gravando vídeo zombando pelo fato de minha tia ser a mais velha da turma”. 

    Essas universitárias, com certeza, conhecem o Google, mas não devem pesquisar o significado de palavras como:

    empatia, respeito, liberdade, etarismo, preconceito.

    E mais, qual o sentimento em relação aos mais velhos em suas famílias? Elas vão cuidar da saúde de quem? Dos com menos de 40 anos? Muito sério. Nota de esclarecimento: os 40, 50, 60, 70, 80, 90, “etc” anos, estão bem! Usam celular, redes sociais, leem, escrevem e falam. São uma potência. Os longevos, maduros, são felizes e bem resolvidos.

  • É PRECISO ENTUSIASMO

    É PRECISO ENTUSIASMO

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 11-12 de março de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Entusiasmo é uma alegria interna, dar vida a alguma coisa, situação, projeto. Enfim, é colocar alegria, dinamismo no que estamos fazendo. Os maduros, mais do que todos, precisam cuidar dessa palavrinha e carregá-la na carteira o tempo todo, como um mantra, uma oração, pois enfrentar com entusiasmo esse tempo que ganhamos a mais é preciso! Ao acordar é preciso fazer fluir a energia que nos move em direção aos nossos objetivos, o que nos estimula em nossas ações para alcançarmos nossos sonhos. Ter entusiasmo é ter prazer de estar ali, no momento presente, realizando alguma coisa.   

    Como destravar a vida para que sintamos entusiasmo? Diga sim ao momento presente, pense com alegria nele.
    Quando se comprometer com alguma coisa, projeto, evento ou com uma pessoa, faça-o de coração. O “sim” tem que bradar da alma.
    Aprenda a dizer não. Fazer qualquer coisa que não estamos com vontade bloqueia nosso entusiasmo e nos arrasta para momentos de tristeza, mau-humor e até de revolta.
    Evite pessoas negativas. Seja seletiva e lembre-se que “amigo” é a pessoa que vibra com nosso sucesso, com nosso momento feliz e não somente empresta o ombro quando choramos. Tem que ter as duas maneiras de demonstrar amizade.

    NÃO EXISTE INVEJA BRANCA!

    Trabalhar com empatia e de forma colaborativa faz muito bem e provoca entusiasmo e alegria de viver.
    Cuidar bem dos “AUTOS”: AUTOCONHECIMENTO, AUTOCUIDADO E AUTOESTIMA.
    Não fique parado, não procrastine, não deixe para fazer amanhã o que pode fazer hoje.
    Seja pró-ativo e se sentir necessidade de uma pausa, faça-a sem culpa.
    Acrescente sempre uma novidade, um novo ângulo para ser observado sobre determinado assunto. Isso proporciona uma atualização constante. Ampliar horizontes e perspectivas deixa a vida maior e nós nos tornamos grandes.
    Valorize-se, siga “insights”, dê atenção às pessoas, olhe nos olhos. Pare! Siga! Não esqueça dos outros, mas coloque-se em primeiro lugar.
    Você em primeiro lugar terá entusiasmo para tornar tudo ao redor mais lindo e alegre.