Categoria: Idadismo

  • Sessentando em 2024

    Sessentando em 2024

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 15 e 16 de junho de 2024

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    Sessentei no Rio de Janeiro, dias lindos, praia, sol, circuito gastronômico e baladinhas às 19 h como eu gosto. Hoje com 66, mais perto dos 70 do que dos 60, uma inquietude no ar, muitas reflexões e integrações.

    Desde o final de abril estamos experimentando uma situação de impotência, meio paralisados e ativos ao mesmo tempo. O pior sentimento foi ter consciência que por mais roupas que separássemos para doação, por mais alimentos não perecíveis que entregássemos nos pontos de arrecadação, e por mais pix que fizéssemos, nada era suficiente. Foi muito triste, mas agora o sentimento é de reconstrução, cada dia um pouco mais.

    Voltando ao nosso envelhecimento que é diário e por isso requer escolhas diárias. Temos conhecimento que as pessoas envelhecem de forma diferente. Depende de muitos fatores e, principalmente, econômicos. Quando temos 20, 30, 40 anos, não pensamos que a velhice vai acontecer para todos. Até podemos dizer que o preconceito como o etarismo, que é o preconceito a respeito da idade, pode ser praticado não só contra os maduros como também com os jovens.

    Como assim? É que estamos acostumados a usar a palavra quando nossa velhice é atingida. Só para lembrar quando o Fábio Porchat gravou um vídeo para o Porta dos Fundos zoando a própria mãe, mãe não faz isso ou aquilo, deu origem a #atualizaporchat e recentemente um vídeo causou desconforto nas redes, onde a Cintia Chagas critica o uso da minissaia depois dos 50 anos. Refere-se aos joelhos de “sharpei” que deveriam ser escondidos.

    Isso nos causa indignação e combatemos ferozmente porque é inevitável envelhecer e tudo envelhece externamente. Só nos resta mantermos a alegria para envelhecermos com ela e termos prazer, ainda que diferentes dos experimentados na adolescência, mas é possível. Gosto muito de uma frase: Sentimentos não perdem colágeno e isso eu posso assegurar.

    Voltando ao significado etarismo relacionado ao “velho” e “velha”, também conhecido como ageísmo idadismo, é o comportamento que vão desde considerar o idoso “desnecessário” ou “improdutivo” e até mesmo a infantilização do sujeito, que foi caso de Porchat. Só que esse conceito engloba toda e qualquer atitude que denote discriminação ligada a idade e é aí que o mesmo preconceito, que tanto alardeamos, contra os maduros, idosos, velhos, terceira idade, melhor idade… pode ser usado contra os jovens.

    Isso acontece muito na área profissional, “o(a) fulano(a) é muito jovem para assumir tal cargo”, etc. Até truques para envelhecer uma pessoa são usados na consultoria de estilo e imagem.

    Continuo sessentando em 2024 e espero setentar e “oitentar” também.

  • GENTE FELIZ

    GENTE FELIZ

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 01 e 02 de abril de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Vou começar pela felicidade, é bem fácil, só que estar alerta faz sentido.

    “Gente feliz não torra, não pega no pé dos outros, gente feliz, aliás, não se preocupa com a vida dos outros. Gente feliz não é indiferente ao mundo, mas não fica seguindo o mundo para corrigí-lo com missão pedagógica de correção. Gente feliz é feliz e gente infeliz olha para os lados porque olhar pra frente é olhar pro seu próprio espelho. Isso dói, isso incomoda, e alguns chamam isso de virtude da superioridade, quando apenas esconde covardia, recalque ou inveja”.

    O texto acima é de Leandro Karnal e transcrevi na coluna porque é simples de entender e coloca luz na questão tão cruel que a desocupação das pessoas infelizes, com tempo para olhar para a vida das pessoas felizes. “Correção pedagógica” é com eles mesmo, os infelizes. Como é essa história, pessoas felizes, pessoas infelizes? É questão de idade, dinheiro, escolhas, destino? Fiquei bem curiosa e vou fazer uma reflexão e você é convidado a refletir também e se por um acréscimo de bondade participativa, enviar por e-mail ou mensagem no Instagram a sua opinião, eu agradeço.

    Então, gente feliz, na minha opinião, é uma escolha. Independente da conta bancária, de raça, do tipo físico. Acredito que é uma conquista da maturidade, não que jovens não possam ser imensamente felizes, é que na juventude a insegurança, o “estar numa encruzilhada” é comum. Essa insegurança sem relação a aparência física, a dúvida quanto a escolha profissional, o sucesso e o emprego, roubam a serenidade e a tranquilidade dos jovens, mas acredito que nessa fase eles não têm muito tempo para olhar para a grama do vizinho, pois estão preocupados em plantar o seu próprio jardim.

    Agora, na maturidade, escolher ser infeliz é uma burrice sem tamanho. Na maturidade já passamos por tantas dores, frustrações, já choramos, já nos preocupamos tanto com o futuro, com o amanhã, que sabiamente escolhemos a gratidão por tudo, pela vida, pelo aprendizado, através de nossas escolhas. Tenho absoluta certeza que ser feliz é uma escolha que fizemos na maturidade.

    Escrevo baseada na minha experiência de vida, não é o resultado de uma pesquisa, mas é a vida real. Na juventude eu pesava 13k menos, tinha uma farta cabeleira, sem sinal de rugas e nem celulite e era insegura, achava que tinha o nariz mais feio do mundo. Ah! Ninguém podia se feliz com quele nariz! Hoje, madura o bastante para ser feliz, sem “noias”. O tal nariz que me impedia de ser feliz é o mesmo, sem retoques e protagoniza minhas fotos, por isso no meu Instagram posto muitas fotos de perfil. “Gente feliz não torra!” Essa frase é incrivelmente verdadeira. Eu acrescento: Gente feliz vive, e vive feliz! 

  • SEM MEDO DE ENVELHECER

    SEM MEDO DE ENVELHECER

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 7, 8 e 9 de abril de 20232

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    O vídeo da jornalista e escritora espanhola Maruja Torres está encantando os seguidores do Instagram:

    “Nós velhas, não temos porque não sermos namoradoras. SER VELHA NÃO É UM INSULTO, É UMA CONQUISTA.”

    Maruja Torres, periodista: “Gracias al periodismo lo he pasado muy bien y  he salvado la vida” - Noticia
    Imagem capturada da Internet


    Você tem que ser mais corajoso para ser velho do que para ir para a guerra, porque quem vai para a guerra acredita que vai sobreviver e o velho já sabe que sua decrepitude avança. Essa é a verdadeira guerra. Remover dos velhos o medo da velhice, tirar o encurvamento prematuro, remover o ai, ai, ai, sou uma vovó. Não és a mesma mulher que sempre foi, o mesmo homem que sempre foi, porém, o chão se move sob seus pés, mas se movia aos 14 anos também.

    Agora você sabe que tem poucos anos sobrando, mas isso é até um incentivo para aproveitar ainda mais. Você tem a criança que sempre esteve dentro de você e ÉS TÃO JOVEM NA TUA VELHICE COMO JOVEM VOCÊ FOI EM SUA ADOLESCÊNCIA, porque tudo tem uma primeira vez e agora isso está me acontecendo pela primeira vez, porque cada dia é novo. Os velhos de agora, são os anfitriões”.


    Trouxe aqui para a coluna essa fala belíssima, profunda e verdadeira. Linda demais. Somos os anfitriões dessa fase da vida. Somos novos velhos e dentro de nós, existe a fagulha da alegria, do viver bem, do realizar projetos, sonhar e amar.


    Estamos pela primeira vez na fase “velhice”. É preciso coragem para viver essa longevidade, reunir todos os ai, ai, ai numa caixinha e deixá-los com menos importância.
    A essência genuína do velho de hoje é a tomada de consciência de sua potência, de que é um patrimônio nas famílias, na roda de amigos. Cada um com sua riqueza, sabedoria.
    Não somos a mesma mulher de nossos 14 anos, mas já falei, escrevi várias vezes, sentimentos não perdem colágeno. Estão sempre pulsando dentro de nós. Ficar ligada em boas energias, cultivar bons sentimentos em relação a tudo faz bem. E isso é um exercício individual de dedicação e escolha. Escolher viver bem.
    Somos velhos (as) sim e isso é inevitável. E cada dia mais velho (a). Agora se invertêssemos nosso pensamento: Hoje é o dia mais jovem do resto de minha vida. Escrevendo isso já sorri, meio de ladinho, com graça e tranquilidade de quem envelhece todos os dias e em paz.
    Todo o dia nasce um novo amanhecer, tem dores, amores, alegrias, lágrimas e esse conjunto de coisas é vida.


    Claro que não podemos ser “Polianas”, acreditando que a vida é assim mesmo e ser infeliz faz parte. Não e não! Ser feliz faz parte. É uma escolha? Acredito que sim, só que tem que ser sábio.

    “É preciso saber viver. Toda a pedra do caminho você deve retirar”.

    Coragem, um dia de cada vez. Só não esqueça de tatuar a felicidade em você.

  • CURTA SUA LONGEVIDADE

    CURTA SUA LONGEVIDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 21, 22 e 23 de abril de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Pode acreditar, é uma escolha sábia. Envelhecemos todo dia um pouquinho. Como não tem como evitar, a palavra da hora é sabedoria. Quantas conquistas? Incontáveis, para ser sincera. Então para que tanto sofrimento, angustia, por uma situação tão óbvia? Alegrar-se é uma bela coisa. A grande riqueza não é vista a olho nu, ela é sentida, e uma frase da escritora Martha Medeiros e traduz muito bem ao que me refiro.

    “Na maturidade, não tem ninguém esperando no portão pra nos levar pra casa, mas tem uma caminhada excitante rumo a um prazer que só quem se arrisca, conhece. O prazer da independência. O prazer de ter a sua assinatura avalizando cada uma de suas conquistas”.

    Tem uma coisa que o Dr Alexandre Kalache, médico gerontólogo, diretor da OMS sempre fala, comece sua longevidade hoje, não importa se você tem 30 ou 40 anos, eu concordo plenamente. Se há jovens que não pensam que vão envelhecer e não tratam a questão com o devido respeito e seriedade, vão ter sérios problemas quando a maturidade chegar.

    Sabemos que a velhice não é igual para todos e é muito triste ver que o que acontece no Brasil quanto mais velhos ficamos mais temos que pagar pelo plano de saúde. Hoje assisti na TV que se você tem 59+ a alíquota do Ipê Saúde vai ser mais do que as outras faixas etárias. Voltando aos jovens, trabalhar, estudar e planejar sua velhice é uma questão de necessidade. O “financeiro” se apresenta sem cerimônia. A maioria dos aposentados não tem condições de pagar por uma velhice cheia de prazer e encantamento, cuidadores, casas adaptadas, viagens, academia com fisioterapeuta ou personal trainer, nutricionista, fonoaudióloga quando necessário. Todo esse cuidado, esse atendimento para uma longevidade tranquila e prazerosa custa caro, muito caro para a maioria dos velhos.

    O que podemos fazer para melhorar a vida longeva e não custa caro: diminuir as expectativas; não ter medo de fazer coisas novas e sim fazer coisas que não comprometam nossa saúde, que melhorem nossa mobilidade. Tipo: “ando devagar porque já tive pressa”. Nada de rebeldia na longevidade, fazer só o que quiser, se sentir confortável, sem correr riscos desnecessários. Escolher um médico de confiança para acompanhar todos os perrengues. Cultivar as amizades, procurando sempre participar de uma roda de conversa. Ouvir histórias das amigas faz bem. É uma troca rica de ideias, sugestões.

    Rede social: Eu amo. Sou suspeita para falar. Trabalho usando o Instagram e é uma escolha que considero sólida. Exige mais do meu cérebro do que do meu físico. Isso é bom porque se nossa cabeça estiver funcionando com o que está acontecendo no mundo, a nossa velhice é um presente, pois estamos prontos para conviver com todas as idades. Pense nisso, afinal quantos anos nossa longevidade terá?

  • CRUELDADE

    CRUELDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 18 e 19 de março de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Impossível ficar quieta diante de um vídeo que viralizou, onde alunas de uma universidade de Bauru–SP comentam, zoam, de uma colega que fez sua matrícula aos 40 anos. “De que vale uma pele lisinha sem a nossa bagagem espetacular?” – cool50s

    Eu, particularmente, sou encantada, satisfeita, feliz com a mulher que me tornei. Madura, longeva, não importa a denominação e sim o resultado, o sentimento que carrega a alma e encanta a vida, o dia a dia. Ah! Não gosto dos termos: melhor idade, sênior, terceira idade. Esses termos têm que ser atualizados, têm que nos representar mais, pois não podemos esquecer que em 2030 o número de maduros vai ultrapassar o número de jovens.

    “O jovem de hoje é o velho de amanhã”.

    Voltando ao tal vídeo que viralizou, que bom que existe rede social, pois todo mundo tem acesso e a maldade, o preconceito, não vai mais para baixo do tapete e sim para o mundo. Não existe mais atirar uma pedra e se esconder, sempre vai existir uma câmera flagrando, um celular gravando e o conteúdo enviado com velocidade absurda, para todos que quiserem assistir. E viraliza porque aparece na nossa timeline e chama atenção pela crueldade das palavras ou inocência maldosa. Chego a pensar em inocência maldosa porque é ser sem noção da gravidade das palavras e do mal que elas podem causar numa pessoa.  

    Reproduzindo o conteúdo do vídeo: as 3 universitárias diante do conhecimento de ter uma colega com 40 anos debocham da mesma. Elas dizem que a colega deveria estar aposentada e que não sabe o que é Google. Que Google é a professora.

    “Gente, quiz do dia: como desmatricular uma colega de sala?”.

    “Ela tem 40 anos, deveria estar aposentada”.

    “Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”,

    comenta uma das universitárias. O trio cursa biomedicina na Unisagrado, instituição particular em Bauru. A sobrinha da vítima, a psicóloga Beatriz Linares, 23 anos, escreveu: “ela sempre teve o sonho de estudar e nunca teve a oportunidade. Hoje ela conseguiu entrar em um curso que ela sempre quis e estava muito feliz e animada para começar as aulas, e aí surgem três meninas (…) que só vivem na própria bolha, gravando vídeo zombando pelo fato de minha tia ser a mais velha da turma”. 

    Essas universitárias, com certeza, conhecem o Google, mas não devem pesquisar o significado de palavras como:

    empatia, respeito, liberdade, etarismo, preconceito.

    E mais, qual o sentimento em relação aos mais velhos em suas famílias? Elas vão cuidar da saúde de quem? Dos com menos de 40 anos? Muito sério. Nota de esclarecimento: os 40, 50, 60, 70, 80, 90, “etc” anos, estão bem! Usam celular, redes sociais, leem, escrevem e falam. São uma potência. Os longevos, maduros, são felizes e bem resolvidos.

  • É PRECISO ENTUSIASMO

    É PRECISO ENTUSIASMO

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 11-12 de março de 2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

    Entusiasmo é uma alegria interna, dar vida a alguma coisa, situação, projeto. Enfim, é colocar alegria, dinamismo no que estamos fazendo. Os maduros, mais do que todos, precisam cuidar dessa palavrinha e carregá-la na carteira o tempo todo, como um mantra, uma oração, pois enfrentar com entusiasmo esse tempo que ganhamos a mais é preciso! Ao acordar é preciso fazer fluir a energia que nos move em direção aos nossos objetivos, o que nos estimula em nossas ações para alcançarmos nossos sonhos. Ter entusiasmo é ter prazer de estar ali, no momento presente, realizando alguma coisa.   

    Como destravar a vida para que sintamos entusiasmo? Diga sim ao momento presente, pense com alegria nele.
    Quando se comprometer com alguma coisa, projeto, evento ou com uma pessoa, faça-o de coração. O “sim” tem que bradar da alma.
    Aprenda a dizer não. Fazer qualquer coisa que não estamos com vontade bloqueia nosso entusiasmo e nos arrasta para momentos de tristeza, mau-humor e até de revolta.
    Evite pessoas negativas. Seja seletiva e lembre-se que “amigo” é a pessoa que vibra com nosso sucesso, com nosso momento feliz e não somente empresta o ombro quando choramos. Tem que ter as duas maneiras de demonstrar amizade.

    NÃO EXISTE INVEJA BRANCA!

    Trabalhar com empatia e de forma colaborativa faz muito bem e provoca entusiasmo e alegria de viver.
    Cuidar bem dos “AUTOS”: AUTOCONHECIMENTO, AUTOCUIDADO E AUTOESTIMA.
    Não fique parado, não procrastine, não deixe para fazer amanhã o que pode fazer hoje.
    Seja pró-ativo e se sentir necessidade de uma pausa, faça-a sem culpa.
    Acrescente sempre uma novidade, um novo ângulo para ser observado sobre determinado assunto. Isso proporciona uma atualização constante. Ampliar horizontes e perspectivas deixa a vida maior e nós nos tornamos grandes.
    Valorize-se, siga “insights”, dê atenção às pessoas, olhe nos olhos. Pare! Siga! Não esqueça dos outros, mas coloque-se em primeiro lugar.
    Você em primeiro lugar terá entusiasmo para tornar tudo ao redor mais lindo e alegre.

  • COMO ESTA SUA VIDA?

    COMO ESTA SUA VIDA?

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 12 e 13 de novembro de 2022

    #dicasdabetipietro  #vocêmaisbonita

                Parece que estamos de cabeça pra baixo. Uma frase da cantora e atriz Lucinha Lins já nos coloca de cabeça pra cima: “Da vida, eu só quero a vida”

                Viver e viver, esse é o mantra, pois estamos pulsando num ritmo acelerado e temos que conduzir tudo, na nossa maturidade, de forma prazerosa.

                Nem de longe querer ser Pollyana. É importante ser forte, ter bom humor, cantar, chorar e sentir a cada palavra, a cada acontecimento, seja ele do nosso agrado ou não, a beleza de estarmos vivas num país tropical.

                Assistindo uma série no Netflix, Desaparecimento na Noruega, ambientada na Noruega, pensei que não conseguiria viver no frio constante, no gelo, no cinza. Apesar de gostar de usar preto, branco e preto&branco e raramente cinza, gosto de cor, de sol, calor, mar e muito verde.

    Imagem Capturada da Internet

                Graças a Deus moro num lugar que não tem mar, mas tem muito verde. A aura da cidade de Cruz Alta é verde ou dourada dependendo da época do ano. Em tempos de colheita do trigo ou da soja, os campos ficam dourados e o pôr do sol nas lavouras, é deslumbrante.

                Bem, voltando a nossa vida. Como ela está? Eu, particularmente credito que estamos na curva da revolução. Decidimos ser feliz, ter atitude, posicionamento, falar, ouvir e buscar no autoconhecimento a realização do nosso propósito de vida.  É o começo, porque se não sabemos quem somos e do que gostamos, não decidimos a nosso favor. Assim sendo, fica difícil o universo ouvir nossos desejos e ajudar-nos a realizá-los.

                É bem simples, acredite, tudo começa e termina por nós. Nossa vontade é determinante, desde que o nosso combustível seja a coragem de virar a chave na hora certa. Para isso temos que nos sentir absolutamente confortáveis e tranquilas com nossas escolhas, sejam quais forem.

                Outra frase que eu acho fantástica: “nem toda mulher briga com o tempo, algumas estão fazendo as pazes”. Essa frase é da Cris Guerra, escritora, publicitária e empreendedora digital. O importante é ter certeza de como será a nossa paz em relação ao tempo. Cada pessoa tem o seu jeito de ser, de ver e sentir o mundo.

                Por mais que exista nas redes sociais uma patrulha apontando para o “grisalhar”, inclusive a Cris Guerra deixou os cabelos brancos emoldurarem seu rosto, eu não vou deixar ainda. Não sei quando vou deixar meus cabelos brancos, e tá tudo certo, pois é uma decisão bem pessoal.

                Autocuidado deve sim estar presente no nosso dia a dia, pois nossa aparência deve estar em harmonia com nosso interior, com nossos sentimentos. Falando em sentimentos, é bom lembrar: sentimentos não perdem colágeno, só crescem com o tempo em beleza e paz.

  • COMO ESTÁ A SUA RISADA?

    COMO ESTÁ A SUA RISADA?

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 22 e 23 de outubro de 2022

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    Não tinha pensado nisso, mas assistindo um vídeo onde George Clooney e Julia Roberts, grandes amigos desde 2000, riem muito. E só de assistir já comecei a me animar, achar graça também.

    Taí a prova que precisava, a risada contagia, é como se fosse um “vírus” só que do bem.

    Na aula de Hidromix a prova “fatal”, não tem como negar. Aula tranquila, música de fundo, muitas com a boca pintada de batom, e de repente começa a tocar uma música do Sidney Magal, Sandra Rosa Madalena, e a turma enlouqueceu, todas começaram a cantar e rir, mesmo fazendo exercícios, eles tinham um movimento dançante.

    A alegria contagia, o sorriso contagia e isso está dentro de nós e pode fazer parte de nossa rotina.

    Fiz referência a boca pintada de batom por que é uma influência que exerço e acho muito show. Só que uma colega não estava de batom, disse-me que não estava bem aquela manhã. Então eu disse que quando não estamos muito bem, claro que é um direito, mas é quando mais precisamos de um batom, de um perfume e se ainda conseguir usar, precisamos também de um saltinho, levanta a autoestima na hora.

    Também lembrei de um trecho que li ou ouvi, desconheço o autor, que dizia exatamente o seguinte: “Senhor onde vós estavas quando eu mais precisava, só vi dois passos na areia. O Senhor respondeu: meu filho, nessa hora foi quando te carreguei no colo.”

    Eu acho lindo isso, eu acredito que sempre, na hora que mais precisamos, sentimos a presença de Deus, além de aparecerem uma falange de anjos que se manifestam através de amigos, ou simplesmente pessoas que cruzam nosso caminho.

    O Título: como está sua risada? Remete a pergunta, o que faz ou quem faz você rir? Eu rio de mim mesma e acho ótimo. Também às vezes xingo, estou me relacionando bem com minha pessoa.

    A inspiração para essa coluna veio do perfil @cool50s onde a Clau diz que dar risadas é um dos fatores mais importantes para a Revolução da Bela Velhice, como mostram as pesquisas de Mirian Goldemberg. Nas suas pesquisas sobre envelhecimento e felicidade, realizadas com 5 mil homens e mulheres nos últimos 30 anos, Mirian fala da “curva da felicidade” e mostra que, para construir uma bela velhice, é fundamental a capacidade de rir.

    A bela velhice é uma revolução que deve ter a participação de todos nós, as longevas.

    Sobre a curva da felicidade, ela é absolutamente verdadeira. É em forma de U, que atinge seu ponto mais baixo entre 40 e 50 anos e depois começa a subir. Depois dos 50 anos as pessoas começam a valorizar mais o que tem e se apoiam mais nos afetos. As mulheres se apoiam muito nas amigas e os homens na família.

    Então é o que sempre digo, ainda há muita vida para ser vivida. Vamos viver e dar muitas risadas.

  • MADUROS CONECTADOS

    MADUROS CONECTADOS

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 03 e 04 de setembro de 2022

    #dicasdabetipietro  #vocêmaisbonita

                  A cada dia sou surpreendida com informações sobre um evento, onde os maduros, 50+, são os protagonistas. Na terça-feira fui entrevistada por uma aluna da USP para uma pesquisa. O propósito da mesma é saber como os maduros estão se relacionando na internet e se usam as redes como influenciadores.

                  Fiquei trinta minutos conversando no zoom e depois continuamos no whatsapp. Foi muito prazeroso. Mais recentemente o convite para participar do grupo: conversas na janela, também de São Paulo.   

                  O curioso é que o terceiro maior número de seguidores é em São Paulo, ficando assim distribuídos: 1º:Cruz Alta; 2º:Porto Alegre; 3º:São Paulo; 4º:Santa Maria, que empata com o Rio de Janeiro.

                  O que tanto os maduros conversam?

    MaturiFest 2022 - Online e presencial em São Paulo - 2022 - Sympla

                  No MaturiFest 2022, evento de caráter internacional, movimentou a vida dos maduros de norte a sul e por boa parte do mundo.

                  Já no primeiro dia a atriz e cantora Zezé Motta encantou a todos com sua simplicidade, tranquilidade e personalidade ímpar. O segredinho de Zezé: se exercitar, se alimentar bem. Ela acredita na força da oração e nunca desiste de ser feliz.

                  Dr Alexandre Kalache, médico, epidemiologista, doutorando em Gerontologia, em seu canal no Youtube, fala sobre políticas sobre o envelhecimento da população ativa e combate ao envelhecimento: “comece a sua longevidade hoje, não importa se você tem 20, 30… 60 anos”.

                  “O velho é o jovem que deu certo”.

                  Use a mídia de forma honesta, tipo compromisso de estado.

                  Carlos Tramontina, ex jornalista da Globo e que está palestrando e atuando nas redes sociais, fala sobre a grande conquista: durmo a hora que quiser, levanto a hora que quiser, trabalho para quem quiser.

                  Nada cai do céu. É importante ter os pés no chão. Não vivemos apenas de sonhos.

                  “Nossas atitudes, nosso comportamento, determinam a colheita de amanha”.

                  No painel sobre transformação digital e diversidade etária, social good, infinitas mensagens:

                  Solange Frazão: “Eu me acho capaz. Dou valor a vida. Sou mais forte. Seja um exemplo para seus filhos”.

                  Adre Coelho: “Quando criança cantava e fui perdendo a espontaneidade. Com o perfil @vivaocoroa no intagram, recuperei a espontaneidade”.

                  Maria Candida: “Quando você começa a se anular vai se perdendo. Se se perder, volta! É preciso planejamento e disciplina”.

                  Luiza Brunet: História de vida cheia de luta, resiliência e muito trabalho. Superação! Ela é uma protagonista cuja beleza é apenas um atributo. É uma ativista em defesa da mulher.

                  Dan Stulbach: salientou a importância de ir ao encontro do outro. Chegar com tudo, mas aberto ao novo.

                  No painel “quebrando barreiras e esteriótipos”: modelos e influencers 50+ deram o seu recado: trabalho, foco e determinação.

                  Ary Fontoura: 89 anos. “É hoje que a gente faz as coisas”. Povo educado e saudável faz uma grande nação.

                  Então, foram quatro dias de muito bate-papo e a grande mensagem do MaturiFest: Os Maduros são uma potência. Grandes marcas já estão reconhecendo isso.

                   “Não espere por inspiração, torne-se a inspiração”.

                  Alexandre Pellaes

  • GENTE NÃO NASCE PRONTA

    GENTE NÃO NASCE PRONTA

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 17 e 18 de setembro de 2022

    #dicasdabetipietro  #vocêmaisbonita

                Gente não nasce pronta, vai se fazendo. Tem uma ideia estranha circulando por aí, que uma pessoa, quanto mais ela vive, mais velha ela fica. Essas palavras são de Mario Sergio Cortella, professor, escritor e filósofo. Achei muito interessante essa inversão de ideia, de visão. Ele fala que fogão, geladeira, vão ficando velhos, mas pessoas não. Elas nascem e vão se formando, se fazendo, como ele disse.

                  Inverteu totalmente o que sempre pensávamos ou muitas vezes ouvíamos alguém dizer: começamos a envelhecer quando nascemos. Eu, particularmente, repeti várias vezes essa frase. Graças a Deus não sou radical com minhas ideias e posicionamentos. Aliás, mudei radicalmente de ideia.

    Temas para aniversário de 1 ano feminino
    Imagem capturada da Internet

                  A gente nasce e a cada dia vamos crescendo. Quando completamos um ano é uma festa familiar. Depois passamos por várias fases: infância, adolescência, até chegarmos a idade adulta. Seguindo a jornada, atingimos a tão sonhada maturidade. É a plenitude, o apogeu da nossa existência.

                  Por que apogeu se perdemos colágeno, nossa mobilidade pode sofrer algum comprometimento? Aparecem as dores pelo desgaste natural das cartilagens, surgem cabelos brancos, rugas. Ah, e as mulheres passam ainda pela menopausa, um capítulo a parte, queda de hormônios e muitos outros perrengues.         

    Imagem capturada da Internet

                  Eu lembro que tive um dia marcante de menopausa, meus cabelos ficaram molhados, um calorão no pescoço e por um tempo não consegui usar gola alta. A temperatura podia rondar zero grau, mas embaixo do casacão só uma camisa de algodão com o primeiro botão aberto. Era o jeito que eu conseguia ficar sem grandes apertos na temperatura corporal.

                  Como trabalhava bastante, não tinha nem tempo para pensar muito no assunto e falar nem pensar. Há mais ou menos 12 ou 13 anos não se falava em menopausa, passava-se por ela escondendo-a, como se fosse uma doença contagiosa. Ate hoje ainda se fala pouco. Imaginem que eu mesma pensava que era o fim da mulher.

                  Com o tempo, vamos atualizando, modernizando nossas ideias, comportamentos e entendendo cada fase de nossa vida.

    Josimar Zugolaro Anunciação - Instrumentista - COFCO International |  LinkedIn
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                  Voltando ao que o Cortella falou, ao longo da vida vamos nos fazendo e sempre no presente, somos a versão mais jovens de nós mesmos(as). Eu amei essa inversão de pensamento. Pois a cada dia vamos acrescentando coisas novas e vamos ficando mais completos (as), mais sábios (as).

                  Muita coisa não perde colágeno, pode acreditar, nossos sentimentos, nosso humor, nossa alegria, vontade de viver intensamente como de fosse o último dia aqui na terra.

                   Então, ao longo da jornada ganhamos muito mais que perdemos. A alegria de estar vivo(a), ter chegado até aqui parece absurda mas é real.