Categoria: MULHERES MADURAS

  • EMPREENDER NA MATURIDADE

    EMPREENDER NA MATURIDADE

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 03 e 04 de dezembro de 2022

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

    Uma matéria publicada em outubro/2022 no Jornal Estadão, revela surpreendentemente o que já sabíamos, ou pelo menos, sentíamos ser verdade. Aliás, é bom falar, escrever, nossa longevidade, maturidade, como queiram, não traz só perrengues. Na bagagem longeva está o segredo do sucesso. Acredite, isso não é “historinha”, é revelado mediante pesquisa. Voltando a matéria do Estadão: empreendedores 50+ tem chance de maior sucesso nos negócios. Isso é resultado de pesquisa. Experiência para lidar com adversidades e responsabilidades são algumas características positivas desse grupo de profissionais.

    O levantamento conectou dados macro e econômicos, indicadores do mercado empresarial e do perfil dos profissionais maduros. Eis a conclusão do levantamento de dados: “Empreendedores 50+, o futuro do Brasil”. A pesquisa também mostra que é acima dos 50 anos que muitos profissionais decidem realizar o sonho de empreender. É o caso de Bete, cofundadora do Hype 50+, que depois de 30 anos e uma carreira consolidada, decidiu montar ao lado de uma amiga, a MV Marketing, ficada em Economia Prateada. “Empreender na maturidade é uma oportunidade quase única”, diz Bete.

    Qualidade de vida e motivação foram os pontos de partida para Bete montar um negócio. Mas antes de investir na nova empreitada, ela precisou planejar. “Essa é a essência de você ser bem-sucedido”, destaca ela. Outra voz que surge brilhantemente em defesa do que acreditamos ser verdade, e é, é do Seu Neyzinho (@seuneyzinho). No programa MasterChef, ele falou: “Eu me lanço buscando autoconhecimento. Eu tenho 61 anos de vida e a vida não desacelera ao 60, e sim acelera. Abre oportunidades. A sociedade deve saber que o etarismo vem diminuindo a expectativa de vida da pessoa idosa. Fiz tantas coisas na minha vida e todas as grandes coisas que conquistei foram assim. É assim que consegui trazer o conforto a minha existência”. Ele encerra com uma frase do Dr. Kalache:

    “Envelhecer é o nosso melhor destino”.

    Como fechar os olhos a essa doce e inspiradora realidade? Alguém duvida que envelhecer é nosso melhor destino? Acho que não, porque o outro destino seria a morte. Outra cosia que me instiga muito é o falar e influenciar, ou melhor, alertar que há muita vida para ser vivida ainda. Não é parágrafo de desespero não! É um raciocínio lógico. Se eu pensasse que aos 50 anos e aposentada a vida já ia para sua finitude não teria realizado tantos sonhos. Não teria viajado, virado blogueira, com blog aonde pago até hospedagem. Não teria sido editora de moda da Revista Diário Serrano e outras revistas. Não estaria agora escrevendo essa coluna com conteúdos “da hora”, atuais, modernos, assuntos diários nas edes sociais. E mais, não teria meu @ de sucesso, agenda lotada, parcerias incríveis, autoestima em dia, intergeracionalidade presente na minha vida. Tenho certeza, a vida acelera aos 65 anos também.

  • VIDA LONGEVA

    VIDA LONGEVA

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 04-05/01/2023

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita#envelhecimentoativo

    Esse sentimento de leveza e paz é resultado do plantio, das sementes que escolhi para semear a minha lavoura e essa escolha é absolutamente pessoal e depende de cada um de nós. Como viver a nossa longevidade, os anos que ganhamos a mais.  Dias atrás eu estava na praia e embaixo do meu chapéu de palha, do meu óculos espelhado, um olhar curioso e observador, corpos de todas as idades, uns mais jovens, torneados, sarados, 99% com celulite, outros já abatidos pela lei da gravidade, bem românticos, muitos babadinhos e com impressionante vitalidade, sorrisos, passos lentos e rápidos se misturavam e eram logo apagados pela força das ondas. 

    Crianças brincando, correndo, gritando e até pensei: por que as crianças gritam tanto? A alegria infantil é sem “noias”, é genuína. Correm, brincam, gritam, vivem o momento, curtem o belo cenário praiano. Poucas pessoas no mundo não gostam de praia e algumas até nem conhecem. Realmente nem todos podem ter essa curtição, uns porque não podem custear um veraneio, outros porque não Férias acabou, mas o que me aguarda são mais férias porque amo tudo que faço e o que não é fantástico, o que não me faz feliz sai da agenda. Então a “vibe” férias continua. O mar. Voltando aos corpos velhos, lindo de ver, cada um na sua, caminhando, comendo milho, tomando uma caipirinha, ou uma água de coco. No rosto uma paz latente, uma tranquilidade. Devagar porque já tiveram pressa. De repente observo uma mulher, plena em sua maturidade, caminhava segurando, apertando o lado direito do quadril, acho que tinha dor, mas queria caminhar, se movimentar. Na prática, tive a certeza, era dor sim! Experimentei apertar meu quadril do lado direito aonde apareceu um desconforto e a dor passou. Cada uma caminha, se movimenta como pode, do seu jeito. Se a dor é no coração, acredito que sentar a beira-mar e olhar o horizonte, os sentimentos de sofrimento, de qualquer natureza, fica leve, se transforma em vida. Envelhecer é fato! É ótimo replicar e replicar: sentimentos não perdem colágeno. Eles brotam com vigor instantaneamente, então é bom focar em amorosidade, alegria e bem viver. Levei vários livros na bagagem de férias, mas me detive em um único. “A Bela Velhice”, de Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio De Janeiro, antropóloga, autora de 30 livros. É uma voz em defesa da velhice, da Bela Velhice.

    “Não importa o que a vida fez com você, mas sim o que você faz com que a vida fez com você.”

    “A coroa poderosa descobriu que a felicidade não está no corpo perfeito, na família perfeita, no trabalho perfeito, na vida perfeita, mas na possibilidade de “ser ela mesma”, exercendo seus desejos, explorando caminhos individuais e tendo a coragem de ser diferente. Ela sabe que não deve jamais se comparar a outras mulheres, porque cada uma é única e especial.”

    Mirian Goldenberg

  • EU ENVELHECI, E AGORA?

    EU ENVELHECI, E AGORA?

    Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 29 e 30 de outubro de 2022

    #dicasdabetipietro #vocêmaisbonita#envelhecimentoativo

    Estamos ficando mais velhos a cada dia ou vamos pensar diferente, cada dia é o mais jovem do resto de nossas vidas.     
    Vou reproduzir um pedacinho de um monólogo da atriz Renata Sorrah que assisti no perfil da Clau do @cool50s. 
    
    
    “Ser jovem não é mais uma fase da vida, mas um estado definitivo de espírito. Quem envelhece é um fora-da-lei. E ser mulher, como diz meu advogado, é um agravante. Cada ruga aumenta a pena. Nos expulsam do mundo por conta da pele flácida.”
    
    Uma pérola de monólogo!
    Na nossa cultura que, quanto a esse assunto específico é burra, pois quanto mais os anos passam, mais riqueza, conhecimento, sabedoria se adquiri. E o velho é colocado de lado, desabilitado ate mesmo pela própria família. 
    Vou falar pela minha experiência de velha, quando falo assim sempre encontro pessoas que me dizem, “não, você não é velha”, e eu me apresso a dizer que sim, sou. Hoje em dia a palavra velha tem outro significado. Eu lembro que “velha” já não tinha mais voz, ou melhor, talvez nunca tenha tido, então ficava tudo bem restrito.
    Às avós era destinado um cenário específico: cadeira de balanço, agulhas de tricô, muitas linhas, coque com cabelos brancos puxadinhos pra trás, óculos na ponta do nariz e devagarinho, muitas vezes por amor, os familiares iam incapacitando-a. Vó você não pode fazer isso ou aquilo. Assim o velho ia ficando cada vez mais velho. E a “caduquice” chegava e se instalava e logo era o Alzheimer e depois a morte. 
    A mulher madura contemporânea, seja avó ou não, tem outra imagem, atitude, voz, determinação. Cuidam da aparência, pintando ou não os cabelos, o autocuidado é presente no seu dia a dia. Autoestima elevada, fazem tudo que as deixam felizes, animadas, senhoras de si.
    Hoje os velhos e as velhas são incríveis, é uma geração em alta rotação. São uma potência! Dores sim, dói aqui e ali, eu mesma cuido muito da minha mobilidade porque sei que quando eu “emperrar” vou ficar triste. Gosto de movimento. 
    Não é nenhuma novidade pra ninguém que minha fonte de inspiração é a rede social Instragram, aprendo muito ali. E num post do Nelson Motta, jornalista, escritor e compositor encontrei um textão: 
    
    “Hoje acordei pensando na delicadeza. De gestos, de sentimentos, de atitudes, como um dos valores que mais amo e admiro, que torna a vida menos insuportável, enriquece a convivência e embeleza o amor… As mesmas verdades, ditas com delicadeza ou com grosseria, produzem resultados opostos, aprendi ao longo da vida e de muito sofrimento. O tom é tudo. O volume. O estilo. A hora. A fúria. As caras feias…”
    
    Trouxe parte do textão do Nelson porque penso assim. Com a delicadeza, o jeito mais amável podemos dizer muito, tudo, sem deixar arranhões que inflamam e demorar para curar. 
    Eu não gosto de ficar “irada”, também fico, sou humana, mas não gosto. Prefiro o tom mais calmo, sereno. Daí todos ganham!