Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 25 e 26 de setembro de 2021
#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita
A cada dia que passa aumentamos em número.
É muito lindo de ver que o “velho(a)” de hoje é visto por muitas pessoas, graças a Deus, como aquele(a) que abre caminho, que conta, vem por aqui, é mais seguro. O que é mais curioso é que há um interesse por parte da geração y, aqueles que nasceram entre 1980 e 1995, também chamados de milleniuns, em pesquisas sobre a velhice, para realmente saber como é.
Tem uma sala no Clube House (rede social) da Rosângela Marcôndes que também é dona do perfil @it_avo e @domingoacucarado no instagram que recebe pessoas do mundo todo e ela dá voz a todos(as) com muito carinho. O nome da sala é 60+ quem somos?
A proposta de Rosângela é inspirar, despertar, conectar e ampliar o afetivo e isso ela faz com maestria.
Mas tem mais, a página no facebook de Rosângela tem 154.442 seguidores. Então somos ou não uma potência?
É importante dizer que, pessoas mais jovens, comparecem nas lives para entender, ouvir sobre o que conversamos. É a tal da intergeracionalidade.
Duas frases que situam bem o que é para nós envelhecer:
“Envelhecer não é uma juventude perdida, mas sim uma nova era de oportunidades e força.” – Betty Friedon
“Não há nada que envelheça mais uma figura do que a perseguição da juventude a qualquer custo.” – Costanza Pascolato.
Em uma coluna da escritora Martha Medeiros, tem um trecho que recortei, porque achei oportuno trazer para minha coluna: “… nossa população tem hoje mais adultos acima de 60 anos que crianças de 0 a 5 anos… entre os 60 e os 100 anos há oportunidades magníficas de vida, mas antes temos que perder o medo de conversar sobre declínios, adaptações, finitude.”
Na minha opinião, os anos se passaram e nós, os maduros longevos, queremos viver bem. Sem pensar em idade, apenas viver bem. Não é sobre esconder idade, só não achamos relevante a todo o momento dizê-la.
Outra coisa muito curiosa é sobre liberdade. Eu quero e sou livre. Exercito minha liberdade.
Não quero seguir receitas, nem cartilhas. Parece que há uma pressão para os “idosos(as)” mostrarem-se engraçadinhos! Eu não quero ser a vovó engraçadinha. Se for, sem problemas, mas não por pressão.
Outra coisa que também é sobre quebrar tabus. Sou totalmente a favor, principalmente os femininos, menina não pode isso, não pode aquilo. Mulher mais velha não pode ter cabelo comprido, não pode usar roupa cavada, olha o “tchauzinho”, vai balançar! Minha nossa, é muita coisa!
Agora tem uma outra coisa que está me incomodando, é a pressão para quebrar tabu posando com lingerie, seminua ou nua. Isso é muito pessoal. Nada contra as mulheres da minha idade, as 60+, fazerem isso, mas só se quiserem, se sentirem confortáveis, façam! Respeito e ponto.
Assim como “grisalhar”, eu ainda não quero. Pode ser que amanha mude de ideia, e dai? Não quero ser cobrada por isso. Então, a tal liberdade é para todos e com pontos de vista diferentes.
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