Categoria: MODA

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 17 e 18 de setembro de 2022

#dicasdabetipietro  #vocêmaisbonita

            Gente não nasce pronta, vai se fazendo. Tem uma ideia estranha circulando por aí, que uma pessoa, quanto mais ela vive, mais velha ela fica. Essas palavras são de Mario Sergio Cortella, professor, escritor e filósofo. Achei muito interessante essa inversão de ideia, de visão. Ele fala que fogão, geladeira, vão ficando velhos, mas pessoas não. Elas nascem e vão se formando, se fazendo, como ele disse.

              Inverteu totalmente o que sempre pensávamos ou muitas vezes ouvíamos alguém dizer: começamos a envelhecer quando nascemos. Eu, particularmente, repeti várias vezes essa frase. Graças a Deus não sou radical com minhas ideias e posicionamentos. Aliás, mudei radicalmente de ideia.

              A gente nasce e a cada dia vamos crescendo. Quando completamos um ano é uma festa familiar. Depois passamos por várias fases: infância, adolescência, até chegarmos a idade adulta. Seguindo a jornada, atingimos a tão sonhada maturidade. É a plenitude, o apogeu da nossa existência.

              Por que apogeu se perdemos colágeno, nossa mobilidade pode sofrer algum comprometimento? Aparecem as dores pelo desgaste natural das cartilagens, surgem cabelos brancos, rugas. Ah, e as mulheres passam ainda pela menopausa, um capítulo a parte, queda de hormônios e muitos outros perrengues.         

              Eu lembro que tive um dia marcante de menopausa, meus cabelos ficaram molhados, um calorão no pescoço e por um tempo não consegui usar gola alta. A temperatura podia rondar zero grau, mas embaixo do casacão só uma camisa de algodão com o primeiro botão aberto. Era o jeito que eu conseguia ficar sem grandes apertos na temperatura corporal.

              Como trabalhava bastante, não tinha nem tempo para pensar muito no assunto e falar nem pensar. Há mais ou menos 12 ou 13 anos não se falava em menopausa, passava-se por ela escondendo-a, como se fosse uma doença contagiosa. Ate hoje ainda se fala pouco. Imaginem que eu mesma pensava que era o fim da mulher.

              Com o tempo, vamos atualizando, modernizando nossas ideias, comportamentos e entendendo cada fase de nossa vida.

              Voltando ao que o Cortella falou, ao longo da vida vamos nos fazendo e sempre no presente, somos a versão mais jovens de nós mesmos(as). Eu amei essa inversão de pensamento. Pois a cada dia vamos acrescentando coisas novas e vamos ficando mais completos (as), mais sábios (as).

              Muita coisa não perde colágeno, pode acreditar, nossos sentimentos, nosso humor, nossa alegria, vontade de viver intensamente como de fosse o último dia aqui na terra.

               Então, ao longo da jornada ganhamos muito mais que perdemos. A alegria de estar vivo(a), ter chegado até aqui parece absurda mas é real.

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 06-07 de agosto de 2022

#dicasdabetipietro  #vocêmaisbonita

            Impressionante ver que todos os meus ídolos de juventude envelheceram. Não importa se são ricos, famosos, ninguém escapa.

              O que é muito bacana é a análise que fizemos sobre posts, nas redes sociais, entrevistas em jornais e revistas. Cada pessoa encara seu envelhecimento de uma maneira. Todos nós envelhecemos, não temos a mínima dúvida, a diferença está em como encaramos essa fase velha, mas cheia de vida, ainda.

              Gal Costa fez 77 anos! Sim, a Gal, com aquela voz maravilhosa, aquele ritmo em noites carnavalescas que fazia a gente cantar ate a madrugada. Sobre estar envelhecendo, ela comentou: “Claro que a passagem do tempo me aflige porque, por um lado, a gente fia mais perto de partir desse mundo. E adoro a vida, ela é muito preciosa. Mas ao mesmo tempo, me deixa muito feliz saber que eu quero viver muito ainda e quanto mais velhas ficamos, mais a gente vive. Me sinto mais nova do que a idade que realmente tenho. Não me sinto apaixonada pela idade porque meu espírito não acompanha a idade cronológica. Tenho alma jovem, tenho energia e quero fazer muitas coisas ainda.”

              Minha nossa, quanta identificação, aí é que eu me refiro, todos envelhecemos, cada um do seu jeito, mas temos em comum a vida que ainda temos pra ser vivida. Temos em comum sentimento de que algo não está combinando, encaixando, ou seja, a idade cronológica é bastante, 60, 70, 80 e tantos anos, mas o que sentimos é leve, paz, dever cumprido, ainda temos sonhos, projetos e uma baita conexão com o que está acontecendo no mundo e ao redor. Estamos sempre antenados(as). Realmente o velho(a) de hoje resignificou a idade longeva.

              Não podemos perder de vista o que nos é precioso, relevante, pois esta lista de preciosidade é que vai nos dar segurança, prazer em viver bem! A cada dia uma celebridade faz aniversario e ultrapassa a barreira de meio século.

              Gwyneth Paltrow fez 50 anos, ela é a rainha das millennials. Ela é privilegiada, nasceu dentro de Hollywood, filha de estrelas e teve seu caminho facilitado quando resolveu empreender, ha muitos anos atrás. É uma rainha do marketing. Sobre fazer 50 anos, o que ela disse: “o que eu quero fazer com o resto da minha vida? Quero desacelerar, e descansar um pouco. Quero fazer meu círculo de amigos um pouco menor. Quero cozinhar mais. Quero abrir meu lugar intimo para meu marido, mesmo que isso me assuste. Quero pedir desculpas a todos que tiveram experiências ruins comigo. Não sou perfeita, xingo no trânsito! Eu minto para não machucar os sentimentos dos outros. Vi tantas mudanças no mundo nos meus 50 anos. Eu sou uma buscadora, e posso te trazer comigo nessa jornada de descobrimento. Quando eu amo alguém, vou com essa pessoa ate o fim do planeta. Agora cheguei em um ponto de compreensão de quem fui e quem sou. Aceito a minha humanidade e meus defeitos. Como aceito meu rosto vincado e a flacidez da minha pele. Abandonei minha necessidade de ser perfeita.”

              Quanta identidade com os nossos ícones!   

              Assim vamos vivendo!

Referência: perfis do Instagram da Claudia Arruga e Patrícia Parenza

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 9-10 de abril de 2022

#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

Assistindo um vídeo no youtube, onde o empresário Abílio Diniz fala que começou a fazer 80 anos com 29 anos, achei muito interessante a fala dele e imediatamente voltei lá nos meus 25 anos, porque foi nessa idade que li que a produção de colágeno começa a diminuir, cerca de 1% ao ano. Segundo a nutricionista Gabriela de Bortoli chegamos aos 50 anos com uma produção menor, em torno de 25% menos.

Podemos repor o colágeno através de uma suplementação, que deve ser orientada por uma nutricionista, pois existem três tipos de colágeno, o Hidrolisado, Peptides de colágeno e colágeno tipo II que ajuda principalmente nas articulações.

Temos que estar atentos a nossa velhice que chega para todo mundo.

Começar a pensar nela aos 50, 60, 70 anos quando ela está batendo à porta pode ser um pouco tarde de mais, mas tá valendo: antes tarde do que nunca.

Essa coluna é especialmente escrita para os (as) jovens, independente se ele (a) tem 20 anos ou 30. As escolhas que ele (a) fizer vão determinar uma maturidade mais tranquila. Alguns perrengues são inevitáveis, mas tenha certeza, a nossa longevidade começa a ser delineada na juventude.

Quando se tem 20 anos não se pensa que está em nossa mãos a escolha de como queremos envelhecer.

É na juventude que, não só podemos pensar no nosso físico como também na saúde financeira da nossa maturidade. Estudar, trabalhar, ter um plano B sempre nos deixa mais seguros.

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Outro assunto que rolou nas redes foi sobre rótulos. No programa Saia Justa a Sabrina Sato falou sobre rótulos. Ela disse que sempre recebeu rótulos, “japa”, “gostosa burra”, etc e se tivesse ficado presa a rótulos, hoje não estaria participando do programa.

Então, é outro assunto bem interessante e perpetua até os dias de hoje. Muito mais comum do que se pensa, só que hoje, recebe outro nome além de “rótulo”, o bulling. Tão arrasador quanto o rótulo, pois leva pessoas às lágrimas.

Nas escolas, crianças ainda são perseguidas com palavras que as fazem sofrer, não querem ir mais. Isso é absurdamente grave.

Pais, educadores, e toda a equipe escolar devem ter atenção máxima em nossas crianças, pois é na infância que se forma o cidadão. O cidadão de amanhã. Quando uma criança chora, todos devem prestar atenção.

O que está acontecendo?

Há um tempo atrás tinha na vizinhança uma criança que chorava muito. Fiquei muito preocupada, em alerta, mas era apenas dor de ouvido.

Não podemos silenciar diante de qualquer agressão, seja ela física ou psicológica e em hipótese alguma deixar de tomar uma atitude, tipo, cortar o mal pela raiz.

Nossa responsabilidade é muito grande quando se trata de crianças, mas também é imensa quando se trata de nós, as longevas.

E ai vai mais uma frase do tempo da minha avó: Todo cuidado é pouco!

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 04 e 05 de junho de 2022

#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita

É nas redes sociais, principalmente no Instragram, minha rede favorita, onde muitas vezes dou bom dia e outras vezes boa noite, mas isso não quer dizer que todos os dias não deseje um bom dia e uma boa noite para todos os seguidores.

Dados do IBGE apontam que em 2031 o número de idosos ultrapassará o número de jovens no Brasil.

São quatro os pilares do envelhecimento saudável/ ativo (Os quatro pilares do Envelhecimento Ativo são de estudo do Médico Alexandre Kalache, PHD em Gerontologia):

• Saúde: cuidado com alimentação (diminuir doces, tudo que tiver farinha branca, principalmente, frituras, bebidas). Uma vez ouvi a Xuxa dizer que um dos segredos de beleza e dinamismo dela era: café da manhã de rainha, almoço de princesa e jantar de mendigo. Acho que é isso, claro que a palavra mendigo doe, pois saber que tem gente que come quase nada porque não tem o que comer é muito triste. O recado foi dado com a melhor das intenções.

• Amigos: ter um grupo de amigos de longa data ou participar de novas rodas de conversa, praticar também a intergeracionalidade é indispensável para colocar energia boa no dia a dia. Também é importante ocupar um novo espaço na família, ter voz, cuidar da autoestima, autoconhecimento, posicionamento, reconhecimento e respeito.

• Conhecimento: é importante ter curiosidade, aprender sempre. Vai muito além do “saber ler”, tem que interpretar, se relacionar, conversar a respeito dos assuntos que são pautas do momento. Atualização constante quanto as tendências, pesquisar. Dúvidas? “dá um google”. Um grande desafio que enfrentei desde a pandemia foram os cursos online. Fiz inscrição em vários sobre Social Media, Instagram, História da Moda, Influência Digital. Muitos ao vivo no zoom, depois tinha as salas de discussões, liga câmera, liga/desliga microfone, etc. Hoje uma maravilha, mas considero esse aprendizado o grande legado da pandemia. Informação e conexão, ajudar e ser ajudado. Uma das grandes preocupações dos longevos é também se manter no mercado de trabalho, pois estamos envelhecendo num contexto de pobreza, situação bem diferente dos países de primeiro mundo. O mercado hoje tem valorizado “soft skills”, que é uma grande vantagem dos 60, 70, 80, 90+… porque o que perdemos no físico, ganhamos em sabedoria, habilidades socioemocionais, como resiliência, empatia, inteligência emocional se somam a experiência acumulada e a escolha de bem viver.

(Soft skills é um termo em inglês usado por profissionais de recursos humanos para definir habilidades comportamentais, competências subjetivas difíceis de avaliar. Também são conhecidas como people skills e interpersonal skills.)

• Financeiro: esse capital é o mais preocupante, pois se não acumularmos bens, não nos aposentamos com um bom salário, agora na longevidade, fica mais difícil, não impossível.

Podemos nos dedicar a dar consultorias fazer palestras, montar oficinas, workshops, escrever um livro… há muita coisa que podemos fazer ainda, mas tudo depende de nossas conexões, nossa disciplina e de nosso “querer fazer”! A escolha de como queremos envelhecer é individual. Uma coisa é certa, não adianta reclamar da vida se não escolhermos viver com leveza e se não harmonizarmos nossas atitudes com nossos sonhos, com o que imaginamos ser a vida feliz! ah.. mas você… Nada!

Vânia Ivete steckel e Edegar Steckel

Faça por merecer, procure a felicidade e a encontrará, encante-se com o que tem, respire fundo e siga… Ainda temos muita vida para viver.