DICAS, Idadismo, PESSOAS,

CRUELDADE

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 18 e 19 de março de 2023

#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita #envelhecimentoativo

Impossível ficar quieta diante de um vídeo que viralizou, onde alunas de uma universidade de Bauru–SP comentam, zoam, de uma colega que fez sua matrícula aos 40 anos. “De que vale uma pele lisinha sem a nossa bagagem espetacular?” – cool50s

Eu, particularmente, sou encantada, satisfeita, feliz com a mulher que me tornei. Madura, longeva, não importa a denominação e sim o resultado, o sentimento que carrega a alma e encanta a vida, o dia a dia. Ah! Não gosto dos termos: melhor idade, sênior, terceira idade. Esses termos têm que ser atualizados, têm que nos representar mais, pois não podemos esquecer que em 2030 o número de maduros vai ultrapassar o número de jovens.

“O jovem de hoje é o velho de amanhã”.

Voltando ao tal vídeo que viralizou, que bom que existe rede social, pois todo mundo tem acesso e a maldade, o preconceito, não vai mais para baixo do tapete e sim para o mundo. Não existe mais atirar uma pedra e se esconder, sempre vai existir uma câmera flagrando, um celular gravando e o conteúdo enviado com velocidade absurda, para todos que quiserem assistir. E viraliza porque aparece na nossa timeline e chama atenção pela crueldade das palavras ou inocência maldosa. Chego a pensar em inocência maldosa porque é ser sem noção da gravidade das palavras e do mal que elas podem causar numa pessoa.  

Reproduzindo o conteúdo do vídeo: as 3 universitárias diante do conhecimento de ter uma colega com 40 anos debocham da mesma. Elas dizem que a colega deveria estar aposentada e que não sabe o que é Google. Que Google é a professora.

“Gente, quiz do dia: como desmatricular uma colega de sala?”.

“Ela tem 40 anos, deveria estar aposentada”.

“Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”,

comenta uma das universitárias. O trio cursa biomedicina na Unisagrado, instituição particular em Bauru. A sobrinha da vítima, a psicóloga Beatriz Linares, 23 anos, escreveu: “ela sempre teve o sonho de estudar e nunca teve a oportunidade. Hoje ela conseguiu entrar em um curso que ela sempre quis e estava muito feliz e animada para começar as aulas, e aí surgem três meninas (…) que só vivem na própria bolha, gravando vídeo zombando pelo fato de minha tia ser a mais velha da turma”. 

Essas universitárias, com certeza, conhecem o Google, mas não devem pesquisar o significado de palavras como:

empatia, respeito, liberdade, etarismo, preconceito.

E mais, qual o sentimento em relação aos mais velhos em suas famílias? Elas vão cuidar da saúde de quem? Dos com menos de 40 anos? Muito sério. Nota de esclarecimento: os 40, 50, 60, 70, 80, 90, “etc” anos, estão bem! Usam celular, redes sociais, leem, escrevem e falam. São uma potência. Os longevos, maduros, são felizes e bem resolvidos.

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Autor

Personal Stylist, Blogueira, Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa

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