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EU ENVELHECI, E AGORA?

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 29 e 30 de outubro de 2022

#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita#envelhecimentoativo

Estamos ficando mais velhos a cada dia ou vamos pensar diferente, cada dia é o mais jovem do resto de nossas vidas.     
Vou reproduzir um pedacinho de um monólogo da atriz Renata Sorrah que assisti no perfil da Clau do @cool50s. 


“Ser jovem não é mais uma fase da vida, mas um estado definitivo de espírito. Quem envelhece é um fora-da-lei. E ser mulher, como diz meu advogado, é um agravante. Cada ruga aumenta a pena. Nos expulsam do mundo por conta da pele flácida.”

Uma pérola de monólogo!
Na nossa cultura que, quanto a esse assunto específico é burra, pois quanto mais os anos passam, mais riqueza, conhecimento, sabedoria se adquiri. E o velho é colocado de lado, desabilitado ate mesmo pela própria família. 
Vou falar pela minha experiência de velha, quando falo assim sempre encontro pessoas que me dizem, “não, você não é velha”, e eu me apresso a dizer que sim, sou. Hoje em dia a palavra velha tem outro significado. Eu lembro que “velha” já não tinha mais voz, ou melhor, talvez nunca tenha tido, então ficava tudo bem restrito.
Às avós era destinado um cenário específico: cadeira de balanço, agulhas de tricô, muitas linhas, coque com cabelos brancos puxadinhos pra trás, óculos na ponta do nariz e devagarinho, muitas vezes por amor, os familiares iam incapacitando-a. Vó você não pode fazer isso ou aquilo. Assim o velho ia ficando cada vez mais velho. E a “caduquice” chegava e se instalava e logo era o Alzheimer e depois a morte. 
A mulher madura contemporânea, seja avó ou não, tem outra imagem, atitude, voz, determinação. Cuidam da aparência, pintando ou não os cabelos, o autocuidado é presente no seu dia a dia. Autoestima elevada, fazem tudo que as deixam felizes, animadas, senhoras de si.
Hoje os velhos e as velhas são incríveis, é uma geração em alta rotação. São uma potência! Dores sim, dói aqui e ali, eu mesma cuido muito da minha mobilidade porque sei que quando eu “emperrar” vou ficar triste. Gosto de movimento. 
Não é nenhuma novidade pra ninguém que minha fonte de inspiração é a rede social Instragram, aprendo muito ali. E num post do Nelson Motta, jornalista, escritor e compositor encontrei um textão: 

“Hoje acordei pensando na delicadeza. De gestos, de sentimentos, de atitudes, como um dos valores que mais amo e admiro, que torna a vida menos insuportável, enriquece a convivência e embeleza o amor… As mesmas verdades, ditas com delicadeza ou com grosseria, produzem resultados opostos, aprendi ao longo da vida e de muito sofrimento. O tom é tudo. O volume. O estilo. A hora. A fúria. As caras feias…”

Trouxe parte do textão do Nelson porque penso assim. Com a delicadeza, o jeito mais amável podemos dizer muito, tudo, sem deixar arranhões que inflamam e demorar para curar. 
Eu não gosto de ficar “irada”, também fico, sou humana, mas não gosto. Prefiro o tom mais calmo, sereno. Daí todos ganham!
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Autor

Personal Stylist, Blogueira, Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa

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