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LEI MARIA DA PENHA – 15 ANOS

Tânia Regina Silva Reckziegel Conselheira do CNJ Desembargadora do Tribunal Regional da 4ª Região

Tânia Regina Silva Reckziegel
Conselheira do CNJ
Desembargadora do Tribunal Regional da 4ª Região

Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 14 e 15 de agosto de 2021

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Conheça a personalidade março: Maria da Penha Maia Fernandes – Escola  Espaço Educar
Imagem capturada da internet

Uma mulher emprestou o nome para a Lei que é um grande avanço e também é considerada uma das três legislações mais avançadas do mundo, junto com a Espanha e Chile.

Maria da Penha Maia Fernandes, 76 anos, farmacêutica bioquímica empreendeu uma luta por justiça. Lutou até conseguir um olhar para a questão de violência a que fora vítima. Seu marido, Marco Antônio Viveras desferiu um tiro pelas costas, enquanto ela dormia, deixando-a paraplégica. Só conseguiu a devida atenção porque recorreu a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos. Como resultado o Brasil foi responsabilizado como negligente diante da questão, violência doméstica.

Essa história é muito recente. O que são 15 anos? E antes como era? Eu consigo lembrar de muitas coisas, situações constrangedoras, intimidações. “Aos filhos homens, tudo, às filhas mulheres o fogão, o tanque de lavar roupa e toda a responsabilidade com o cuidado dos filhos”.

A minha geração, baby boomers, nascida entre 1945 e 1960, já foi mais determinada a lutar pelos seus sonhos, direitos e respeito. A luta é contínua, perpassa décadas, séculos, e tem que fazer parte de nossa planilha, ainda nos dias de hoje.

Sou bem posicionada a respeito do assunto e antenada quanto aos movimentos, ações que protejam as mulheres.

“Em briga de marido e mulher a gente salva a mulher”.

A frase é um contraponto a que ouvi durante tantos anos, imposta pelo machismo entranhado nas famílias, mas que eu acreditava ser certo. Pergunto-me hoje o que levou, eu e muitas pessoas aceitarem que aquilo era correto.

A frase antiga era: “em briga de marido e mulher, a gente não mete a colher”.

Graças a Deus evolui e prestei bem atenção no significado da frase antiga e assim como eu, outras pessoas passaram a pensar diferente, inclusive homens. E nas famílias as crianças já estão sendo educadas de forma diferente.

A Lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006 estabelece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime e deve ser apurado através de inquérito policial e ser remetida ao Ministério Público.

A Lei por si só, não garante total proteção a violência de gênero e por isso precisamos abordar o assunto com constância, publicar, usar todas as mídias, seja ela digital ou impressa, redes sociais. O assunto tem que estar presente nas rodas de conversa.

Nada de banalizar a falta de respeito, o preconceito, seja contra que for, ainda mais quando as mulheres estiverem envolvidas, pois historicamente já fomos mal tratadas demais, tendo que provar a todo o instante nossa capacidade, nossa inteligência, podemos atuar em qualquer área e assumir qualquer cargo.

Uma grande campanha se soma a Lei Maria da Penha: Campanha Sinal Vermelho, onde a vítima, em silêncio, pode externar sua agressão com 1 X vermelho na palma da Mão. Mostrá-lo em uma das 10.000 farmácias parceiras da campanha, seja para o farmacêutico, ou algum funcionário, eles saberão o que fazer.

Live gravada no Instagram perfil @betipietro

O Branco do Brasil é o novo parceiro dessa Campanha gigante. A Campanha Sinal Vermelho, foi tema de dissertação de mestrado da Conselheira Tânia Reckziegel do Conselho Nacional de Justiça.

Sempre muito engajada, a Conselheira ressalta que salvando vidas evitamos mortes. “No feminicídio todos perdem, as crianças ficam órfãs pois perdem a mãe, o agressor vai para a cadeia. A sociedade perde”.

01 comentário

Autor

Personal Stylist, Blogueira, Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa

1 Comentários

Fabiane Paixão Cortopassi

Importante falar sobre o assunto!!!!

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