Coluna publicada no Diário Serrano (Jornal Cruz-altense), nos dias 06 e 08 de agosto de 2022
#dicasdabetipietro #vocêmaisbonita
Assisti um vídeo no perfil @yarronluiz que achei muito interessante: “Não vou falar sobre velhice, porque velhice é um fato consumado, eu vou falar sobre envelhecer, e envelhecer é um processo, no qual todos aqui estarão inseridos. O importante é viver a vida que nós temos pra viver, com plenitude, com dignidade e não pensar no envelhecer. Veja bem, no Brasil, velho e velha é xingamento, e isso é lamentável, isso precisa ser extirpado da sociedade brasileira e falarmos muito, sobre o processo de envelhecer. Temos que parar pra pensar que velhice é apenas uma fase da vida, mas cheia de vida. Você não deixou de viver, porque passou a ter uma idade avançada”.
O vídeo transcrito é da professora, doutora Maria Garcia, uma das maiores autoridades em Direito Constitucional do Brasil. Concordo com Maria Garcia, é preciso falar sobre o assunto, pois até pouco tempo, aposentados (as), velhos (as) ou idosos (as) como queiram, ficavam em seus aposentos, uma parte da casa onde eles (as) podiam descansar.
A partir daí as atividades a eles (as) destinadas eram selecionadas por pessoas mais jovens. Os familiares, geralmente os filhos, começavam a desabilitar os mais velhos, interferindo diretamente no seu cotidiano e estabelecendo o que era apropriado para a idade mais avançada.
Hoje os idosos (as), grupo do qual faço parte, é dono do próprio nariz, como se diz popularmente. Temos propriedade sobre nossos atos e gerenciamos nossa vida com absoluta tranquilidade e sanidade. E se algum arroubo quisermos cometer é por conta de que viemos de uma educação severa, onde muita coisa não era permitida e agora, nos permitimos.
É muito lindo falar e sentir, tamanha beleza que percebemos na maturidade. Como ficamos mais sábios (as) extraímos o melhor de cada momento. Acordamos e vestimos a paz, alegria e a conexão com o que há de mais precioso no mundo, o amor universal e incondicional, não só pelos filhos e netos, mas por todas as boas pessoas, pela natureza, pelo planeta.
E as más pessoas? Essas recebem as nossas orações, pois temos que acreditar que todos podemos ficar melhores como seres humanos e respeitar a nossa casa, chamada Terra.
No perfil do instagram de Kika Gama Lobo, colunista da revista Cláudia, entre outras, encontrei a indicação de outro perfil @velhas.bonitonas e já me encantei. Olha como a palavra “velha” se encheu de glamour. Ficou charmosa e iluminada. Assim deve ser. Temos que trazer pra pauta o envelhecimento ativo, cheio de prazer, dores e amores. Ativo em toda a extensão da palavra.
Outro assunto que deve ser pautado é onde os velhos (as) vão morar? A solidão não é recomendável. Fechados em suas casas com cuidadoras, apenas, também não é a melhor opção.
Grandes capitais como São Paulo, Curitiba e agora Porto Alegre já tem, ou estão construindo, condomínios sênior para uma vida prazerosa. A faixa etária que mais cresce no Brasil são os 60+ e representam cerca de R$ 1,6 trilhão de consumo anual. O Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior proporção de idosos no país. Eu penso nisso, e você?
